Segundo a OMS, cerca de 10 milhões de brasileiros sofrem com a
doença
Popularmente conhecida como problema de mulher, a osteoporose é a principal
doença do tipo ósseo-metabólica e, vale ressaltar, que ela também atinge os homens.
De acordo com dados da Organização Mundial de Saúde, cerca de 10 milhões de
brasileiros sofrem com a osteoporose.
A doença atinge 1 em cada 4 mulheres depois da menopausa e 1 em cada 8 homens
acima dos 65 anos de idade. No caso dos homens, a osteoporose costuma ser
subnotificada e, sem diagnóstico precoce ou tratamento adequado, homens a partir
dos 70 anos, por exemplo, sofrem fraturas que poderiam ser evitadas.
O médico ortopedista Dr. Rogério Vidal esclarece que a osteoporose se caracteriza
pela perda progressiva da densidade óssea, ou seja, pela baixa de massa óssea, e
pelo consequente aumento do risco de fraturas. Diversos são os fatores que, quando
somados, podem levar à osteoporose, como questões hereditárias, hábitos pouco
saudáveis e a idade em si.
Os sintomas da osteoporose podem surgir, muitas vezes, quando a condição já está
num estágio avançado, isso porque a osteoporose é uma doença que chega de
maneira silenciosa. “Um dos primeiros indícios costuma ser a fratura espontânea de
algum osso que acabou ficando poroso e fraco”, explica o Dr. Rogério.
Ele afirma, ainda, que as lesões mais frequentes estão relacionadas às fraturas das
vértebras por compressão. “Elas podem levar a problemas de coluna e à diminuição
da estatura, por exemplo. Além disso, são comuns as fraturas do colo do fêmur, do
punho (geralmente no osso rádio) e das costelas.”
Segundo o ortopedista, os homens, apesar de apresentarem ossos mais fortes e
largos, também são atingidos pela combinação entre perda natural de elementos
minerais, baixa produção de hormônios, histórico familiar e maus hábitos de vida.
A prevenção da osteoporose pode ser feita, como explica o Dr. Rogério, com
atividades físicas regulares, exposição ao sol para evitar a deficiência de vitamina D e
ingestão adequada de cálcio.
O diagnóstico é feito, primeiramente, a partir da avaliação clínica e da realização do
exame de densitometria óssea por raios X, que é fundamental para o diagnóstico da
osteoporose. “Ele é fácil de ser realizado e não é invasivo, possibilita detectar a
densidade óssea na coluna lombar e no fêmur. Os resultados são divididos em três
níveis: normal, osteopenia e osteoporose”, diz o especialista.
A densitometria óssea é indicada para as mulheres acima de 65 anos e para os
homens acima de 70, ou em idades mais jovens, no caso de pessoas que integrem
grupo de risco.
Segundo o Dr. Rogério Vidal, o tratamento para a osteoporose deve ser feito depois
de descoberto o que provocou a doença, já que a osteoporose tem diferentes
causas. “A partir daí, o tratamento pode incluir mudanças de hábitos, medicamentos
para evitar fraturas e cirurgias para diminuir a dor e manter a função.”